Cris Carvalho é coach, hipnoterapeuta e trainer em programação neurolinguística. Mais recentemente, ganhou uma maior visibilidade ao ser uma das terapeutas do programa Casados à Primeira Vista.
Este sábado, dia 1 de dezembro, deu-se a conhecer de uma maneira mais pessoal no programa Alta Definição.
Daniel Oliveira tocou em alguns pontos fulcrais do passado de Cris Carvalho, ou Lindsay Loan, como lhe começou por chamar, em jeito de brincadeira, devido às parecenças físicas com atriz norte-americana.
A viver há 25 anos em Portugal, Cris revela que esteve para «desistir de trabalhar» devido a um acontecimento trágico que a marcou para sempre: a morte do pai, há dois anos.
«Sem o meu pai não fico, se ele for eu vou também»
Mal soube do estado de saúde do progenitor, Cris regressou para o Brasil, a sua terra natal, para o apoiar. Durante o período que esteve internado (cerca de um mês), a terapeuta nunca o abandonou.
«Na última semana de vida estive sempre com o meu pai. Sabíamos que não tinha muito tempo de vida, mas não sabíamos quando ia acontecer»
Cris relembra que foi uma «aprendizagem» e uma verdadeira «lição de vida numa semana». «Descobri que era mais forte do que pensava»
O pai partiu no dia em que completou o 70º aniversário. Cris afirma ter recebido a notícia com «choque». «Sem o meu pai não fico, se ele for eu vou também», conta.
«Quem vai cuidar de mim?»
«Quando perdi o meu pai, pensei: e agora? Se eu precisar de alguma coisa, quem vai cuidar de mim? Fiquei sozinha no mundo, tive de virar adulta…senti que estava desamparada», desabafa.
A hipnoterapeuta só guarda boas recordações do pai que foi militar. «Consegui estar com ele o tempo inteiro, sorri, disse-lhe o quanto era incrível. Tive força para estar ali com calma»
«Ele disse-me assim: na situação em que estou, só tenho duas escolhas: ou fico nervoso, ansioso e triste, ou levo na desportiva e aprendo alguma coisa».
Isso fez com que Cris repensasse o modo como levava a vida. Decidiu viajar mais, sorrir e fazer coisas que a «deixassem mais leve».
Perdeu a mãe aos 16 anos
Tinha apenas 16 anos quando a mãe partiu. Cris e o irmão, que na altura tinha 13 anos, ficaram a cargo do pai.
A terapeuta descreve a morte da progenitora como «intrigante» e relembra que foi graças ao primeiro e grande amor que conseguiu superar a dor. «Consegui superar muito bem e entender a morte».
«Estava num momento de encantamento tão grande, senti um apoio incrível dele. Acabei por me despedir de um amor para encontrar outro».
Casou com português que a fez mudar de vida
Com lágrimas nos olhos, Cris recorda os avós que a «ensinaram a seguir o amor». «Eram as pessoas mais bondosas que conheci», acrescenta.
Aos 21 anos casou com um português que acabou por a trazer para o nosso País. Sempre teve o apoio do pai, que ficou do outro lado do oceano. Agora, que é mãe, confessa que sente um «remorso» por ter conseguido ter essa atitude.
Apesar de estar divorciada, a brasileira refere-se ao pai do seu filho de 21 anos como uma pessoa «incrível», revelando que são «super amigos».
A mulher do ex-marido até é, inclusivamente, sua amiga. Após a morte do pai, Cris salienta que ganhou uma nova família porque quase que a «adotaram».
Texto: Redação WIN Conteúdos Digitais/ Fotos: DR
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