Carlos Daniel foi o entrevistado deste sábado, 24 de novembro, do Alta Definição. O jornalista, de 48 anos, falou pela primeira vez depois da saída da RTP
Em conversa com Daniel Oliveira, começou por dizer que a profissão fez dele «uma pessoa mais completa e preocupada». «Tornou-me uma pessoa mais capaz de separar o essencial do acessório».
Carlos Daniel deixou o emprego estável na RTP para abraçar um novo desafio na Federação Portuguesa de Futebol (FPF), onde assumiu novas funções. É o rosto e o responsável dos conteúdos do canal da FPF, cujas emissões deverão arrancar em março de 2019. «Há momentos que temos de trocar a acomodação pelo risco de fazer algo novo. Tenho um projeto que junta dois mundos que eu adoro que é a televisão e o futebol. Acredito que o canal vai ser bom para a televisão, para o País e para o futebol. […] Houve uma grande compreensão po parte da minha mulher e os minhas filhas», refere.
Contudo, Carlos Daniel admite que a separação da RTP, onde trabalhou durante 27 anos, está a ser difícil. «Está a ser duro ainda porque são 27 anos, porque são muitos amigos, muitas rotinas, cada memória deixa-me saudades», conta, revelando que acabou por não fazer uma despedida. «Não quis de maneira nenhuma uma despedida, é um sítio onde vou voltar, tomar um café com as pessoas […] Aprendi que há pessoas que me são profundamente gratas, senti que lhes fiz bem. […] ‘vais fazer muita falta’ foi a frase mais repetida e que isso toca.»
Carlos Daniel revela ainda que é um homem de família, que gosta de viver a vida ao lado dos mais próximos. «Sou genuinamente alguém que gosta de recuperar as coisas que me fazem feliz. […] Espero viver muitos anos, mas quero viver a vida com aqueles do quem mais gosto».
A morte do irmão
O momento mais emocionante da entrevista aconteceu quando Carlos Daniel recordou a morte do irmão. «10 de maio e 19 de fevereiro são dias difíceis, porque marcam o nascimento e a morte do meu irmão. Eu sabia que o meu irmão tinha problemas de saúde, mas não achas que isso vai acontecer quando ele tem 49 anos. Acordar sobressaltado a meio da noite […] foi um momento muito difícil», conta emocionado. «Gosto de olhar para a vida do meu irmão e pensar que, à maneira dele, viveu como quis».
Ainda sobre a morte do irmão, admitiu que trabalhou em condições emocionais difíceis. «Sim, apresentei notícias em condições difíceis, com tristeza, sofrimento pessoal, caso a morte do meu irmão. Moderei um debate dias depois, os convidados perceberam, mas no ar acho eu ninguém percebeu».
Carlos Daniel fala das filhas: «Um amor para a vida toda»
O nascimento das filhas, atualmente com 16 e 12 anos, é um momento marcante para Carlos Daniel. «A paternidade dá-te a paixão incondicional, nasce uma coisa que é amor para a vida toda. E quando nasceu a segunda percebi que se gosta igual do segundo filho. As tuas prioridades invertem-se e isso faz diferença. …] Não há nada que valha mais a pena do que os filhos.»
Texto: Redação Win- Conteúdos Digitais; Fotos: reprodução Redes Sociais
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