Ninguém nos disse a verdade sobre isto de ser mãe.
A verdade é que sim, dizem. Nós é que não queremos acreditar.
Primeiro porque estamos cheias de hormonas e regra geral, apesar de gigantes, com pés inchados, com dores nas costas, com ciática, com hemorróidas, tudo parece maravilhoso. Sentimo-nos lindas e com um brilho irrepetível. Como é possível a maternidade não ser só maravilhas?
Depois o parto, a maior emoção da vida, tantas vezes quantas acontecerem, o bebé pequeno, frágil e tão dependente de nós. O cheiro, o calor, a pele sedosa. Ainda agora aconteceu e já não imaginamos a nossa vida sem este pequeno ser. A vida que tínhamos para trás, parece agora distante. Memórias.
A partir de agora o tempo urge. A recuperação do parto, a subida do leite, as noites difíceis, as cólicas, as primeiras dúvidas, os choros (do bebé e nosso), os dias intermináveis sozinhas com o bebé, a confusão em casa. Tudo isto que hoje é, ou será, passado. Uma lembrança distante.
Os dias passam depressa de mais. Ainda «ontem» eras um bebé. Hoje tens quereres, fazes birras despropositadas, sabes tanta coisa, tens tanto de mim. Tantas vezes pensamos nuns dias sozinhas mas, logo de seguida, também nas saudades imensas que vamos sentir.
E de repente… (continue a ler aqui)
Fotos: DR
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