Inês Simões
“Quando me divorciei, senti um fracasso pessoal gigante”

Nacional

Aos 35 anos e mãe de uma menina de oito anos, Inês Simões revela que, apesar de duas relações falhadas, continua a acreditar no amor. E confessa que está apaixonada

Dom, 05/08/2018 - 14:45

De bem com a vida, mais tranquila e reservada no que diz respeito à sua privacidade, Inês Simões aceitou dar esta entrevista à VIP a bordo de um catamarã pelo rio Tejo. A atriz falou do novo amor, da filha, Beatriz, de oito anos, e ainda dos novos projetos profissionais.

VIP – Tem uma paixão por barcos. Como nasceu esse gosto?
 Inês Simões – Adoro o mar, adoro barcos e tenho uma costela de marinheira. Esta paixão nasceu comigo, mas desenvolveu­‑se há cerca de sete ou oito anos quando comecei a aproveitar mais as férias para passear de barco ou velejar. O ano passado, arrisquei com um grupo de amigos e passámos as férias todas a bordo de um catamarã. Foi uma experiência muito diferente, dormir a bordo de um barco, mas foi muito melhor do que eu tinha imaginado. Superou todas as expectativas e quero muito repetir.

Um passeio de catamarã é a melhor forma de passar uma tarde?
 Uma tarde, um dia ou até umas férias perfeitas! Descobri a Pacifico Cruises e foi amor à primeira vista porque os passeios são incríveis e a tripulação também, o que faz com que cada momento seja melhor que o outro. Este ano, decidi juntar a minha filha e os meus amigos mais próximos para celebrar os meus 35 anos a bordo deste catamarã e não podia estar mais feliz com a escolha.

Qual a companhia perfeita para este tipo de passeio?
 A minha filha, os meus amigos e uma taça de champanhe. 

Prepara­‑se para fazer 35 anos. Como vai assinalar a data? 
Vou começar o dia a tomar um pequeno-almoço reforçado com a minha filha. Depois, vou almoçar com os meus pais e a seguir pego nos meus amigos e vamos, como já disse, passar a tarde no barco. Possivelmente, vou terminar o dia com um belo sushi. Isto, para mim, é o dia perfeito.

O que é que tem ganho com a idade? 
Tenho ganho juízo (risos). Tenho ganho mais maturidade e serenidade. Sinto­‑me mais equilibrada, mais calma nas decisões que tomo. Também sinto que já não faço fretes. Só faço o que gosto e, acima de tudo, só privo com quem realmente gosto.

Sente­‑se mais bonita aos 35 anos do que aos 20? 
Sinto­‑me mais mulher, mais interessante, mais completa. Aos 20 era mais miúda, ainda a correr atrás da maturidade e da estabilidade, como é natural e necessário naquela idade. Acredito e sinto que é uma fase muito bonita aquela em que estou. 

Com o passar do tempo, vamo­‑nos apercebendo que há coisas que deixam de ter importância e, por outro lado, valorizamos outras. Sente isso? 
Completamente! Na minha opinião, tem a ver unicamente com as experiências que a idade nos proporciona, e há coisas que têm mesmo que ser vividas e sentidas como se não houvesse amanhã. Aos 20, por exemplo, vivia tudo muito intensamente e era o “agora ou nunca”. Com 35, a intensidade ainda lá está, mas é mais ponderada. Nunca pensei dizer isto, mas tornei-me uma “intensa ponderada”. 

 A que é que começou a dar mais valor e o que passou a desvalorizar? 
Dou muito valor à saúde, ao estar com os meus pais, porque sei que não duram para sempre, ao tempo de qualidade que passo com a minha filha. Dou muito valor aos bons amigos. Desvalorizo muito mais as discussões, os atritos, as bocas que mandam nas redes sociais, por exemplo. 

 A vida está sempre a pôr­‑nos à prova. Qual foi a mais dura por que passou? 
Posso falar­‑vos da mais recente. Foi ter estado um mês e meio num reality show, o Biggest Deal, longe da minha filha. Sei que foi uma opção minha, mas não deixei de sentir (e muito) a falta dela. Nunca estive tanto tempo longe dela, mas foi uma boa oportunidade profissional, que não podia recusar. Sofri longe dela e longe das nossas rotinas, mas ia buscar muita força ao saber que também o estava a fazer por ela. 

 Como é que se ultrapassa uma situação dessas?
 Com muita força de vontade, pensamentos positivos e, acima de tudo, por saber que ela está bem entregue e bem rodeada. No entanto, mãe é mãe. 

 O que é que está a fazer profissionalmente?
 Terminei O Outro Lado dos Leões, na Sporting TV, o mês passado, e continuo com os meus projetos em brand management. É algo que me completa e me preenche muito. 
 Sei que em setembro vai ter um novo programa na Sporting TV. Do que se trata? 
Vamos ter uma nova temporada de O Outro Lado dos Leões, onde vamos abordar de forma mais profunda e intensa a vida dos atletas e jogadores.

E voltar à representação está nos seus planos?
 Todos os dias luto para isso. Espero voltar em breve. 
Sente que, de alguma forma, os colegas mais novos têm vindo a “roubar” o lugar aos mais velhos?
 Creio que cada vez aparecem mais atores e mais modelos viram atores e mais atores viram modelos. Hoje em dia, todos fazem tudo, por isso o mercado é tão difícil. No entanto, se fosse fácil também não dava tanto gozo. 

O que gostava de fazer em televisão? 
Gostava de fazer duas coisas: ter um programa de entretenimento num canal generalista e fazer novamente de vilã numa novela. 

 Como é que está a Beatriz? 
Acabou de fazer oito anos, passou para o terceiro ano e é uma menina muito feliz. Tem uma personalidade muito forte e é o meu orgulho. 

Como é a vossa relação? 
Temos uma relação de cumplicidade máxima. Melhora de ano para ano e está a ser uma grande aventura ser mãe de uma menina tão perspicaz e inteligente. 

Ela já lhe dá alguns conselhos? 
Sobretudo nas roupas e maquilhagem. Não sou grande fã de maquilhagem, mas ela é! Diz­‑me constantemente que batons devo usar com determinada roupa. É muito divertido. 

 Como é que estamos de amores? 
Estamos bem, tenho uma pessoa, mas nesta fase (e aprendi com o passado) vou resguardar­‑me mais. Não vou mentir à Imprensa, nem às pessoas que me seguem e gostam de mim, e dizer que estou solteira, porque não estou. No entanto, devido à minha exposição, desta vez vou optar por reservar mais a minha vida privada.

 Já se casou duas vezes. Continua a acreditar nessa instituição? 
Já me casei duas vezes e não vou negar que, quando me divorciei, senti um fracasso pessoal gigante. Até quando os namoros não dão certo sentimo­‑nos em baixo, quanto mais num casamento. Continuo, acima de tudo, a acreditar no amor. 

 Voltaria a casar? Como idealiza esse dia?
A bordo de um barco.

A relação anterior deixou marcas? 
A minha relação anterior terminou porque tinha que terminar. Esgotámos todas as opções.

Tinha um negócio de calçado em comum com o Bruno Queirós. Como é que ficou com a separação? 
Não vou falar sobre isso. 

Continuam a falar­‑se? Mantêm uma relação de amizade? 
Não vou falar sobre isso. 

Sente necessidade de resguardar mais a sua vida pessoal? 
Como disse há pouco, acredito que o meu caminho na minha vida pessoal passa por me proteger mais nesta fase. A felicidade sem ninguém saber dura mais.

 Já tem férias marcadas? 
Já estive de férias com a minha filha e com os meus pais. Irei mais alguns dias ao Algarve e depois farei mais uns fins de semana. Vou levar a Beatriz ao Parque Warner [em Espanha] também. 

 Temos sempre em mente fazer aquela viagem de sonho. Onde desejava ir e com quem gostava de partilhar esses momentos? 
Gostava de ir com uma pessoa especial a dois sítios: a Bali e a Florença. Espero realizar ambas as viagens em breve. 

Como se imagina daqui a 20 anos? 
Avó… (risos). Brincadeira. Não faço ideia, mas tenciono estar feliz e espero já ter o meu barco. 

Que outros projetos tem na forja, além do programa que deverá estrear em setembro?
 Quero voltar à ficção nacional.    

Texto: Carla Vidal Dias; Fotos: Helena Morais 

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