Foi este sábado, dia 22 de julho, que Emanuel Monteiro disse ao mundo que foi vítima de violência doméstica. O jornalista da TVI usou o caso de André e Miguel, que aconteceu no Porto, para contar que também ele podia ter sido morto por um antigo companheiro.
Os comentários à publicação não pararam de surgir e, neste role, existiu uma troca de ideias acesa em que Manuel Luís Goucha participou.
Laura Ferreira, uma das animadoras da estação de rádio Cidade FM comentou:
«Como jornalista devias ter a responsabilidade de apurar melhor os factos antes de falar do assunto. Eu sei dos factos. Conheci tudo de perto e não é como os contam. Um grande beijinho e de qualquer forma, a mensagem que passas é, sem dúvida, importantíssima. Só não está fundamentada como deveria estar».
Seguidamente acrescentou: «Eu não desculpabilizei ninguém. Só disse que a comunicação social não transmite a veracidade dos factos. A culpa está lá!».
Frase à qual Manuel Luís Goucha fez questão de responder: «O facto é que um jovem foi morto!».
Laura voltou a responder:
«Manuel Luís Goucha, mas isso foi nunca posto em causa. Longe de mim! Só comentei que os factos não são como a comunicação social os apresenta. Há coisas ditas nos Media que nunca existiram sequer e felizmente tenho visto alguns comentadores a ter noção, mas muitos a ir atrás da maré. Não me interpretem mal. Infelizmente conheço a violência doméstica de perto, a mensagem que o Emanuel passa é mais do que importante, é fundamental. Mas não julguem sem conhecer todo o contexto. Foi só o que eu pedi. E nunca sem minorar a gravidade de tudo aquilo que aconteceu!».
A troca de palavras acabou por aqui. Mas houve outro famoso a comentar a polémica. Como amigo do jornalista, o repórter do Você na TV, João Valentim, disse-lhe:
«Oh amigo tinhas dito algo. Dava cabo dele! Força».
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O testemunho que está abalar as redes sociais
«Fui vítima de violência doméstica durante mais de um ano, de forma consecutiva e, a cada episódio, mais grave. Começou com um estalo e acabou com um espancamento, dentro da minha própria casa», afirma Emanuel Monteiro, descrevendo o episódio mais grave que viveu.
«Foi no dia do meu aniversário. Estava sem telemóvel, trancado, impedido de fugir ou de pedir ajuda. Estive à espera, durante todos os minutos daquelas três horas, que o agressor abrisse a gaveta da cozinha e de lá tirasse uma faca para acabar com o pouco que ainda restava de mim. Fiquei gelado de medo, morto de espírito enquanto era agredido sem dó, nem piedade. Não consegui, sequer, defender-me. Foi o pior que me aconteceu na vida, mas, felizmente, ao contrário do Miguel, fiquei cá para contar a história», lê-se no testemunho.
Nesta mensagem, Emanuel Monteiro garante ainda que o agressor trabalha com ele. «Hoje, o agressor está muitas vezes, muitas horas, a 3 metros de mim. E tem tanto em comum com o desta história horrível. Às vezes, ainda tenho medo, muito medo. Nunca consegui denunciá-lo, por receio, por vergonha, mas sobretudo por compaixão e para não estragar a vida a uma pessoa, não faz parte de mim fazer mal aos outros.»
Emanuel não termina o seu relato sem antes apelar a que quem tem conhecimento destas histórias, as denuncie.
«É por amor que vos peço: sejam fortes, denunciem qualquer episódio de violência doméstica ou no namoro!».
Fotos: Impala e reprodução Instagram
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