João Cunha, comediante também conhecido como O Humorista (nome do programa que teve na SIC Radical) emigrou mas, antes, esteve no podcast de Diogo Faro a tecer considerações sobre o meio artístico português.
No episódio de 16 de março do podcast Traz Cerveja – que pode ouvir aqui – João Carlos Cunha disparou em todas as direções… mas o alvo principal acabou por ser o mais recente programa de Bruno Nogueira na Rtp, «Fugiram de Casa de Seus Pais».
«Acredito que há programas que nasceram assim. ‘estou farto de bater punhetas com gajas vou bater punhetas com quem? Vou bater uma punheta intelectual! Mas espera lá, com que intelecto é que eu consigo bater uma punheta? Qual era o intelecto que mais me excitava? Miguel Esteves Cardoso!’ Eu acho que este program nasceu assim», diz Joao Cunha.
O comediante continua, dizendo: «Ele [Bruno Nogueira] estava a tocar uma sarapitola, não estava pensar em mais nada. Só estava a pensar naquela merda.»
Compara RTP à Casa Pia
João Cunha, que emigrou e fez recentemente um espectáculo de despedida, criticou ainda a falta de investimento em programas de humor e fez uma comparação inusitada tendo como ponto de partida o projeto da estação pública de televisão Academia RTP, que tem por objetivo concretizar projetos de criadores independentes.
«Eu até me assusto quando vejo aquelas merdas tipo Academia RTP. Faz-me lembrar aquelas histórias do processo casa Pia em que os putos iam para a tourada e, a seguir, pimba. São merdas de projetos independentes, uma série de pessoas que querem fazer coisas e que, se calhar, pode ser a RTP a selecionar as produtoras com quem quiser trabalhar… porque isso é bom para o business», afirma.
O humorista acaba por voltar ao programa de Bruno Nogueira, afirmando que o formato da RTP1 é «uma merda».
«Vou dar outra vez o exemplo do Bruno Nogueira: o que que ele fez com o Miguel Esteves Cardoso eu acho uma merda. Acho aquilo uma punheta. Para ele é fácil fazer um programa qualquer. O gajo já fez programas muito mais fixes», concretiza, acrescentando ainda que a classe humorística é «a pior de todas».
«Liga-se por amizade, proximidade ou por interesse. E é constrangedor… há um conjunto de gajos que tem mais facilidade em trabalhar e o resultado não é uma merda muito estimulante intelectualmente».
Leia também aqui
Fotos: Arquivo Impala e redes sociais
Siga a Revista VIP no Instagram