Faz exercício, resiste aos fritos e aos doces, mas ainda assim o número na balança continua a não ser o que quer. Acontece mais vezes do que podemos imaginar e o culpado tem nome: stress!
Como funciona o stress?
O stress é uma reacção fisiológica de defesa perante certas ameaças. Quando o organismo percebe um perigo potencial as glândulas supra-renais libertam adrenalina e cortisol que fazem acelerar o coração para bombear uma maior quantidade de sangue para os músculos e outros órgãos. Ao desaparecer a ameaça o cérebro avisa o organismo para que regresse à calma. Porém, está é apenas a teoria. Com frequência o organismo tem dificuldade em regressar à normalidade e esse stress acumulado pode significar problemas de saúde.
«O stress não é bom nem mau, depende da sua intensidade, frequência e de como o administramos, a questão está em resolver a situação ameaçadora», explica Guillermo Fouce, professor de psicologia da Universidade Complutense de Madri (UCM).
O stress engorda mesmo?
São vários os estudos que asseguram que sim, o stress engorda. Um estudo do laboratório espanhol Cinfa, citado pelo El País, descobriu que mais de 12 milhões de cidadãos em Espanha são geralmente stressados. À escala, em Portugal o problema não será muito diferente. Uma pesquisa da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho aponta para uma taxa de incidência de stress no trabalho em Portugal de 59%, dados de 2016.
Esta é uma das chaves para a epidemia de excesso de peso, que em Portugal afeta cerca de metade da população, de acordo com dados divulgados pela Direcção-Geral de Saúde também em 2016. Uma investigação recente, publicada no Proceedings of National Academy of Sciences dos Estados Unidos da América, garante que a obesidade é uma das consequências desse estado de stress.
LEIA AINDA: Como aliviar o stress no trabalho
Não é possível traduzir em números concretos quantos quilos ganha sempre que o seu corpo se altera devido a um estado de alerta. Porém, uma equipa de cientistas da Universidade de Brigham Young em Utah, nos Estados Unidos, acredita que o efeito do stress no organismo será o equivalente a comer um hambúrguer com queijo ou uma barra de chocolate e caramelo.
O mesmo grupo de cientistas assegura que o stress afeta tanto o intestino como a dieta. Mais especificamente, a pesquisa realizada em ratos e publicada na revusta Nature detectou que a microbioma (população de bactérias intestinais) de fêmeas magras stressadas muda para se parecer com a de machos obesos. Eles mantêm a composição bacteriana estável, embora o stress os torne mais ansiosos e menos ativos fisicamente.
«As situações de stress, que direta ou indiretamente influenciam o nosso humor, modelam a ingestão de alimentos levando-nos a comer em excesso ou em defeito. Através da comida conseguimos aliviar ou evitar sensações negativas e geralmente optamos por um determinado tipo de produto (altamente calórico)», diz Fernando Fernández-Aranda coordenador da Unidade de Transtornos de Alimentação do Hospital de Bellvitge, em Barcelona.
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