1. Donald Trump
Tomou posse a 20 de janeiro de 2017 e é o mais polémico presidente da história dos EUA. O 45º homem a ocupar o lugar cimeiro da Casa Branca marcou os últimos 12 meses não só pelo estilo truculento, de ataque constante à liberdade de imprensa, à oposição e a outros líderes mundiais mas também por várias decisões polémicas. Não construiu o muro de separação entre os EUA e o México (a grande bandeira durante a campanha eleitoral) mas ordenou a retirada dos EUA do Tratado de Paris, conseguiu aprovar uma reforma fiscal que vai penalizar os contribuintes menos abonados e instigou uma nova onda de tensão com a Coreia do Norte. Por resolver em 2017 ficou a alegada influência russa nas eleições de 2016. Um processo em curso que terá desenvolvimentos em 2018.
2. Steve Bannon
O arquiteto do novo pensamento de extrema-direita nos EUA (a denominada «alt-right») foi o grande pensador da ideologia da campanha de Donald Trump. Anti-semita, anti-emigração, Bannon ocupou o lugar de chefe de gabinete de Trump até agosto deste ano. Desde então, voltou ao Breitbart, site de extrema-direita que ajudou a fundar e declarou publicamente guerra àquilo que considera ser o “establishment” do Partido Republicano.
3. Emmanuel Macron
Aos 39 anos, Emmanuel Macron é o mais novo presidente da história da França. Venceu a candidata da extrema-direita, Marine le Pen, na segunda ronda das eleições, a 7 de maio, com 66,1% dos votos. Ex-membro do Partido Socialista francês, fez parte dos governos de François Hollande e Manuel Vals, tendo sido ministro da economia, indústria e assuntos digitais. Em 2016, fundou o movimento En Marche!, com o qual se candidatou às presidenciais.
4. José Eduardo dos Santos
2017 ficará para a história como um ano de viragem política em Angola. José Eduardo dos Santos, presidente da ex-colónia portuguesa desde 1979, não se recandidatou ao cargo, tendo sido sucedido por João Lourenço. É o homem que liderou Angola no período pós-independência, tendo governado o país durante uma longa e sangrenta guerra civil, que terminou em 2002.
5. Theresa May
É a segunda mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra no Reino Unido (a primeira foi Margareth Thatcher). Theresa May, líder do Partido Conservador, é a herdeira do Brexit. Após a saída de David Cameron de Downing Street, em 2016, na sequência da vitória do ‘sim’ no referendo à saída do Reino Unido da União Europeia, May foi convidada pela rainha Isabel II a formar governo. Em maio, desencadeou o processo de saída do Reino Unido da UE, ao acionar o artigo 50º do Tratado de Lisboa. Este ano, em junho, venceu as eleições antecipadas, embora sem maioria. May sobreviveu aos últimos seis meses de mandato mas a dúvida para 2018 permanece: sobreviverá a primeira ministra às negociações do Brexit?
6. Angela Merkel
É a chanceler da Alemanha há 12 anos e, em setembro, viu a confiança germânica renovada, ao vencer as eleições, embora sem maioria absoluta. Considerada a mulher mais poderosa do mundo, Angela Merkel é, desde 2014, a líder de um país da União Europeia há mais tempo no cargo. Considerada a líder de facto da União Europeia, Merkel tem sobrevivido, ao longo de mais de uma década, à crise económica e financeira, ao crescimento dos movimentos nacionalistas de extrema-direita, às fortes críticas internas depois de ter recebido em solo alemão milhares de refugiados.
7. Vladimir Putin
Desde 1999 até ao ano ainda em curso, Putin ocupou ora o cargo de primeiro-ministro, ora o cargo de presidente da Federação Russa. Líder de um país cada vez mais opaco aos olhares do mundo ocidental (o crescimento da repressão política e o condicionamento da liberdade de imprensa fazem parte do seu modus operandi), Putin é um mestre da propaganda de um certo poderio russo que, a avaliar pela profunda crise económica que afeta o país, não passa apenas de uma ilusão. Em março de 2018, haverá novamente eleições presidenciais na Rússia, e Putin vai recandidatar-se. Sem quaisquer opositores (pelo menos para já), o antigo agente da KGB estará à frente dos destinos daquele país pelo menos até 2024.
8. Harvey Weinstein
É o rosto do terramoto mediático do ano. Em outubro, aquele que era o mais influente produtor de cinema de Hollywood, amigo próximo de Hillary Clinton e doador generoso do Partido Democrata, era acusado por várias mulheres de abusos e assédio sexual. Nomes como Gwyneth Paltrow, Cara Delevingne, Lupita Nyong’o, Rose McGowan fazem parte de uma lista de mais de 80 nomes que quebraram o silêncio e contara histórias repugnantes sobre a forma como Weinstein usava a sua posição privilegiada para assediar e abusar sexualmente. O caso Weinstein desencadeou um movimento de denúncia de casos semelhantes que já levou à queda de atores, realizadores, pivôs e até políticos.
9. Meghan Markle
Atriz, divorciada, com mãe afro-americana. Aos 36 anos, Meghan Markle tornou-se noiva do príncipe Harry e, a 19 de maio do próximo ano, dará o nó com o irmão do príncipe William. A chegada de Meghan à família real britânica representa uma revolução ainda maior do que o casamento de Kate Middleton com William. Não só por ser plebeia e divorciada, mas sobretudo por ser interracial, algo inédito do no seio da mais mediática e influente família real do mundo.
10. Sebastian Kurz
Com apenas 31 anos, Sebastian Kurz tornou-se chanceler da Áustria. É o chefe de governo mais novo do mundo e representa também a ascensão ao poder da extrema-direita. Chamam-lhe «wunderwuzzi» (menino prodígio) e, aos 24 anos, já fazia parte do governo austríaco. Com discursos populistas, em tudo semelhantes aos de Donald Trump, lidera um governo de coligação com o FPÖ, partido de extrema-direita.
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