«Foi penoso o que se passou no Festival da Canção». Em entrevista a Rui Unas, no webshow Maluco Beleza, Rui Veloso revelou que não gostou da última edição do certame de música.
«Não suporto desafinação», começou por dizer, afirmando também que não viu todas as atuações. «Eu passei assim por alto… não foi penoso porque fui andando para a frente. Fui vendo as coisas. Interessa-me como fenómeno sociológico mas, musicalmente, é muito pouco interessante», disse, confessando-se também constrangido com as interpretações.
«A desafinação incomoda-me… até fisicamente»
Questionado sobre o alegado plágio da música levada a concurso por Diogo Piçarra, Rui Veloso disse que o músico «teve azar». «Ouvi na net. É igual. O Piçarra teve azar e fez uma coisa parecida… igual. Pelo menos uma grande parte é igual. É plágio mas é involuntário».
« O Diogo esteve bem. Foi de homem. Subiu muito na minha consideração. É um tipo muito bem intencionado. O que me preocupada é vir um representante dos autores vir ter este tipo de atitude», acrescentou, referindo-se a Tozé Brito, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores que também é um dos membros do júri do Festival da Canção.
«O Tozé Brito veio para a imprensa, muito enxofrado…Incomoda-me deveras porque o Tozé Brito representa a Sociedade Portuguesa de Autores e é suposto defender os autores», referiu Rui Veloso, criticando ainda a atitude do criador das Doce no caso do plágio de Tony Carreira.
«Já no caso do Tony Carreira vi o Tozé Brito praticamente defender o plagiador. Ele disse ‘só há plágio quando uma obra não tem uma identidade própria e não quando uma canção é parecida com outra’. Hello? será que estou a ser estupido?», atirou o intérprete de «Lado Lunar» e «Não Há Estrelas no Céu».