Júlia Pinheiro revelou como disfarçou os últimos anos de sofrimento, sempre de sorriso no rosto
Sáb, 07/10/2017 - 16:31
“Os últimos treze anos da minha vida são duros”, revela Júlia Pinheiro em entrevista a Daniel Oliveira, no Alta Definição, da SIC. A apresentadora começou por explicar que o seu refúgio para continuar a sorrir foi o trabalho e o marido, Rui Maria Pêgo, nos quais se refugiou para enfrentar os dramas familiares.
“São anos de um combate, muito complicado, com o crescimento dos meus filhos. E em particular das minhas filhas”, disse emocionada.
Júlia Pinheiro voltou a falar, de forma aberta, dos distúrbios alimentares que as filhas gémeas, Carolina e Matilde, enfrentaram. “Trazes mágoa e um vazio, com o facto de alguém que amas muito estar a sofrer. Não há dor pior do que a dor de um filho”, confidenciou.
“É uma década da tua vida que não estás inteiro”, explicou ao colega Daniel.
Ao descobrir a anorexia da primeira filha, Júlia não imaginou que aquilo poderia estar a acontecer. “Só mais tarde percebi que a maioria dos distúrbios alimentares são profundíssimas depressões”, relatou.
“Ela [a filha] estava muito deprimida”, rematou.
A companheira das manhãs de João Paulo Rodrigues acabou por admitir que terminou esta luta cansada, mas a sentir-se uma mãe melhor. “Tens de aprender a amar esse outro filho [que renasce depois da anorexia] que foi tocado por isto”, afirmou o rosto de Queridas Manhãs, na SIC.
A apresentadora abordou ainda o quão difícil foi superar a morte do pai, o susto que apanhou, este ano, com a mãe e a despedida da filha, Matilde, que estudou na Argentina.
Quanto ao filho Rui Pêgo, Júlia Pinheiro brincou e contou os conselhos que lhe deu, quando o jovem decidiu seguir o mundo da comunicação. “Os conselhos que dei ao Rui foram para não se meter nesta vida”, ironizou.
Fotos: D.R.
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