André Sousa Bessa faleceu na sequência de uma queda. Era o úncio filho da jornalista Judite Sousa. Entrou numa espiral de sofrimento desde 29 de junho de 2014 que manteve até agora na esfera privada. Judite estava numa festa com amigos quando se sentiu mal, “indisposta”, como conta em entrevista a Cristina Ferreira. Recebeu a chamada de um dos melhores amigos do filho e o mundo desabou. “Algo me disse que o meu filho já não estaria vivo. O meu filho… Caiu… Bateu com a cabeça num muro e entrou, imediatamente, em morte cerebral. O coração foi recuperado, o pulso foi recuperado por um amigo médico que estava com ele e, a partir daí, é aquilo que as pessoas sabem. Durante dois dias, o meu filho esteve ligado a uma máquina de suporte de vida.”
“Eu sabia o que era estar em morte cerebral”
Questionada por Cristina Ferreira sobre se manteve a esperança, é clara na resposta. “Eu, todos os dias, dava notícias sobre pessoas que estavam em morte cerebral. Eu sabia o que era estar em morte cerebral.”
Após o acidente, André Sousa Bessa, que faleceu com 29 anos, esteve dois dias no hospital até que lhe foram desligadas as máquinas. “Partiu com ar sereno, feliz, com um ligeiro sorriso e muito tranquilo. Não sentiu o que lhe aconteceu. E se há algo que me conforta na vida é saber que o meu filho não sofreu. Isto foi-me garantido pelos médicos”, garante.
“Sofrerei até ao fim da minha vida”
Judite voltou ao trabalho apenas dois meses após a tragédia que lhe mudou vida. No entanto, como conta a Cristina, escolheu viver apesar da dor.
“Sofrerei até ao fim da minha vida. É uma dor incomparável. Como se fosse uma doença crónica. E temos de aprender a viver com ela até ao fim dos nossos dias. Aqueles que são capazes de aprender a viver com ela”, conta. A jornalista termina a emotiva entrevista dizendo que da vida já espera muito pouco e que procura viver sobrevivendo.
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