Judite Sousa
Critica movimento Me Too, a que chama de «conversas de travesseiro»

Nacional

Jornalista coloca em causa movimento que está a dar que falar em Hollywood.

Sáb, 24/03/2018 - 22:20

Ao longo dos últimos meses tem vindo a ser revelado o lado obscuro de Hollywood. Com diversas mulheres a revelarem episódios de assédio sexual. Este movimento acabou batizado de Me Too e tem marcado a entrega de prémios de diversos festivais de cinema. E se há quem aplauda o movimento, existe também quem o critique. Como é o caso de Judite Sousa.

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«(…) Não tenciono perder um segundo do meu tempo a falar de um tema que entrou há alguns meses na agenda: o hashtag Me Too. Explico porquê. O produtor cinematográfico Harvey Weinstein é um grande tonto. É sabido que assediou muitas actrizes para as ter na mão, julgava ele. Umas foram na conversa; outras não. Mas o que também é certo é que essas “assediadas” tinham poder, nomeadamente económico para dizerem que sim ou que não», começa por partilhar na rede social Instagram, onde tem estado bastante ativa.

«Porquê? Porque são das mulheres mais poderosas e ricas da indústria de Hollywood. Vejamos dois exemplos: Uma Thurman é uma actriz consagrada. Vale milhões. Ficou grávida de um multimillionário chamado Arpad Busson que, por sua vez, tinha sido casado e pai dos dois filhos da Top Elle Macpherson, também conhecida pelo nome “o corpo”. Quando ela percebeu o perfil, deu-lhe ordem de marcha. A outra que se queixou do palerma do Weinstein foi a actriz, produtora e realizadora, a Mexicana Salma Hayek que por sua vez ficou grávida de um dos homens mais ricos da indústria da moda, o francês Henri Pinnault, dono, entre outras marcas, da Gucci», prossegue.

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«A Salma Hayek não precisava do Pinnault mas ficou ainda mais multimilionária depois de ter engravidado da sua filha Valentina. Pergunta-se: porque é que não denunciou as investidas do Weinstein há mais tempo? Mistério. E as outras denunciantes a mesma coisa. Portanto, o movimento Me Too é isto. À falta de notícias novas sobre o Trump, que todos os dias, despede alguém da ala oeste da Casa Branca, surgiu este movimento que leva a mensagens muito intelectualizadas mas que mais não são do que conversas de travesseiro #metoo #naoobrigada», conclui Judite Sousa.

Foto: Reprodução Instagram

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