Cristina Caras Lindas
Em lágrimas, relata que foi abandonada por todos os colegas da televisão

Nacional

«Sempre estiveram para me condenar, nunca ninguém esteve para me dizer: ‘Cristina o que é que precisas?», conta a ex-apresentadora em entrevista a Daniel Oliveira.

Sex, 23/03/2018 - 10:46

Nos últimos anos a vida não tem sido fácil para Cristina Caras Lindas. No início de 2016, a antiga apresentadora de televisão, de 58 anos de idade, esteve às portas da morte. Contraiu uma pneumonia e gripe A que a levaram ao hospital, onde passou três meses em coma. Sem andar e nem se recordar sequer de quem era, seguiram-se quatro meses de tratamentos. Em 2017, sofreu com a morte trágica do grande amigo Fabrice Marescaux e com o suicídio do ex-namorado Pedro Palma.

«Sempre estiveram para me condenar»

Neste período conturbado, Cristina Caras Lindas sentiu-se abandonada pelos antigos colegas de televisão e revela que vive à beira da mágoa por ninguém lhe dar a mão.

«Sempre estiveram para me condenar. Não houve ninguém para me dizer: ‘Cristina, de que é que precisas?’. Na nossa área, está tudo a ver de onde é que pode tirar sangue», relata a apresentadora, num testemunho emocionante dado a Daniel Oliveira para o programa Alta Definição que irá para o ar este sábado, 24 de março, a partir das 14 horas.

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«Não se preocupem que eu engordei»

«Não estás preparado para acordar na cama de um hospital sem andar e sem falar. Não estás preparado de, depois de tantos tratamentos, engordares mais 15 quilos e toda a gente se preocupar porque estás gorda e não porque te salvaste. O ser humano está a anos luz de ser um ser humano… Não se preocupem que eu engordei, preocupem-se, por favor, que eu sobrevivi. E estou a falar de pessoas da nossa área que fizeram essa crítica nos seus programas de televisão», confessa ainda.

Na sua página de Facebook, Cristina Caras Lindas partilha o teaser da entrevista com um texto sentido sobre a fase conturbada: «Sim, tenho vivido à beira da mágoa. Ainda estou cheia de cansaço mas temperado de sonhos (…) Permiti-me falar abertamente ainda que debilitada e menos feliz com a minha aparência, sem me preocupar que o mundo cheio de “semideuses” me julgasse. Se um dia fintei a morte, também com o tempo calarei quem uma vez me julgou (…) Que a sorte e a saúde não se escapem das vossas vidas, nem daqueles que tanto me julgam e fecham as portas principalmente da comunicação.»

 

Fotos: Arquivo Impala e reprodução Facebook

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